sexta-feira, 26 de março de 2021

Foi-Num Foi !

 



                                                               J. Flávio Vieira

 

                                Aquela embirra era congênita, vinha desde  quando Menandro era pixototinho. Depois de velho é que aquela cisma não podia ter cura. Aguentou cipó de mufumbo no lombo, cocorote no meio do coco, castigo de ajoelhamento em caroço de milho, carão de todo tipo e altura e, simplesmente, não largou como nódoa de caju em camisa de linho. As histórias de teimosia de Menandro faziam já parte da história oficiosa da vila de Matozinho. Como burro brabo, quando botava a cabeça para um lado, não existia força nesse mundo que mudasse o curso. A teima inarredável do velho   firmava-se num código próprio de conduta que foi desenvolvendo desde guri e por ele se pautava como se se tratasse de Mandamentos ou de uma Constituição pessoal, única e intransferível. Ainda meninote, entrou na cozinha de casa e a mãe o advertiu com o famoso: “Que que tá fazendo aqui ? Cozinha não é lugar de menino!”. Menandro, simplesmente, respondeu: “Sei não, mãe! Mas foi a última vez!” Desde então, que se saiba , que atravessou os umbrais  de uma cozinha, tornou-se-lhe um território proibido e minado.

                                   E as histórias se sucediam em Matozinho, sobre essa birra que varava toda uma existência. Menandro casou com D. Gilbertina, conhecida por todos , carinhosamente, por Gigi. Diferentemente dos varões bíblicos matozenses, só teve um filho: Gildásio. Ninguém sabia a razão de tanta economia familiar. Acreditavam que se tratava de alguma doença da esposa, uma vez que rolavam conversas que o velho Memé tinha espalhado muitos rebentos, como um verdadeiro garanhão reprodutor, pelas redondezas de Matozinho. Um dia D. Gigi, finalmente, por baixo de sete capas, contou a uma confidente a razão da infertilidade ao menos a nível da casa matriz. Nas dores do parto de Gildásio, acompanhada por uma parteira, em casa, o marido entrou no quarto, rapidamente, para pegar uma espora que tinha jogado ao lado da cama. D. Gigi, ainda neófita, em meio às contrações, caiu na besteira de dizer uma frase perigosa: “Menandro, estou aqui sofrendo por sua causa!”. Ele , calmamente, a tranquilizou : “E foi, Gigi ?! Pois nunca mais, te garanto, isso vai acontecer!”. A partir daí é possível imaginar o desenrolar da história, em tempos que a última forma de planejamento familiar se baseava nos ensinamentos que depois seriam preconizados pela Dra. Damares: Abstinência. Gigi não podia ter conseguido um anticoncepcional mais efetivo.

                                   Dizia-se que , um dia, tinha se atrasado para uma reunião na Câmara de Vereadores, onde, à época, era presidente. Atraso na vida de Menandro era uma verdadeira blasfêmia. O homem era  pontual como um relógio suíço. Investigada, depois, a causa daquele retardo, os companheiros de Legislativo chegaram à conclusão que tinha sido mais uma teima de Menandro. Ao passar sobre a ponte do Rio Paranaporã, em tempo de inverno, indo para a sessão, um cururu cantava animado e coaxava o seu : “Foi! Foi! Foi!  Ele , então, estacou o cavalo e passou uma hora, em cima da pinguela,  teimando com o batráquio, gritando aos berros: “Foi não ! Foi não! Foi não !

                                   Dias atrás, um amigo dele, o velho Vitor Ridimuin, caiu doente e botou pra morrer. Diziam que ele estava só arfando:  já com o jegue na porta, selado, esperando a viagem. Vitor sempre fora muito próximo do vereador e Menandro, preocupado, partiu para uma visita. Chegando na casa do homem, encontrou aquela récua de gente, num pré-velório, fazendo vigília, só esperando o suspiro final de Ridimuin. Menandro pediu para entrar no quarto e despedir-se do velho companheiro de tantas lutas. A família , no entanto, preocupou-se. Sabiam que o amigo era muito positivo e não tinha papas na língua e que Vítor sempre fora muito impressionável e medroso e tinha mais receio da morte do que vampiro de alho. Tinham certeza que apesar da amizade que os unia, Menandro , mais positivo que Compte, ia abraça-lo, mas dizer a verdade: que estava na beira da morte e prestes a ensebar o capim. Os filhos de Vitor , cuidadosamente, contaram-lhe suas preocupações. Uma palavra errada, positividade demais podia matar Vítor antes do tempo. Menandro, no entanto, jurou, de pés juntos, que jamais faria isso. Gostava demais do  camarada e mediria as palavras. Falaria só de coisas boas e construtivas, elevando o espírito e o astral do moribundo. Sabendo-o opinioso e firme, os parentes acederam. Menandro entrou no quarto onde alguns parentes  sussurravam orações, outros choravam baixinho pelos cantos. Aproximou-se de um  Vítor lívido e arfante  que o reconheceu e esboçou um sorriso leve , quase um esgar. Menandro então afirmou que ele parecia muito melhor do que imaginara. Estava corado, aquilo diminuíra muito suas preocupações quanto a saúde dele e, finalmente, fechou menandricamente, o apoio psicológico que preparara:

                                   --- Compadre Vítor, veja como são as coisas! Me disseram que você tava morre-num-morre e não devia durar nem  dois dias! Povo exagerado! Só tem gente assim nesse mundo ! Pelas minhas bausas, você ainda leva uns três a quatro dia pra bater as botas ... Nannn !

Crato, 26/03/21

                                  

                                      

sexta-feira, 19 de março de 2021

Mas, é lógico !

 



J. Flávio Vieira

 

                               O Delegrado Sigisfredo Capanema chamou os dois soldados sob sua autoridade, Quintiliano e Severo,  e ordenou que detivessem e trouxessem coercitivamente para depoimento o Mestre de Obras Jonevraldo Gambiarra. Recebera, pela manhã, uma queixa crime do Coronel Anfrízio Maia contra ele e queria pôr tudo em pratos limpos, com máxima urgência.

                        --- Tragam Jonefraldo aqui, imediatamente ! Se não quiser vir por bem,  que venha sob força de pesqueiro, de solavanco e de sabacu !

                        A soldadesca espreguiçou-se e bocejou. Não estava habituada a ações heroicas, a campanas desvairadas. Quintiliano e Severo  tinham no seu portfolio , como atividades mais perigosas, a prisão de Jojó Fubuia, quando se excedia na mendraca e um ou outro arranca rabo, aquieta-arreda , em desavença de marido com mulher. Só. De posse da ordem formal de Sigisfredo, partiram , meio ressabiados, prontos a cumprir aquela que foi denominada, pelo próprio delegado de Operação Sibito Baleado. Imaginaram que fazia referência à magreza  do perseguido, cabra chupado, de canela fina, pescoço de girafa desnutrida e que não tinha carne sobre os ossos suficiente pra encher um pastel de vento.  Mesmo assim, Quintiliano e Severo, desacostumados com as ações policiais de confronto, saíram com a purga detrás da orelha. E se o homem resistisse? Se quisesse botar boneco e confrontar a autoridade estabelecida ? De comum acordo, combinaram que , nesse caso, o ideal era pedir para ele capar o gato, ganhar o bredo e eles lavrarem o relatório explicando que o meliante tinha se evadido.

                        Macaco velho, não mete a mão em cumbuca! Diplomaticamente, para evitar conflitos desnecessários , Quintiliano e Severo abordaram Gambiarra, em casa, com uma técnica de dissuasão chamada de “Cerca-Lourenço”. Quem quer pegar galinha não diz Xô! -- pensaram com prudência. Soltaram então a lábia, com língua de camurça, pedindo a  Jonevraldo para segui-los até a delegacia. O sargento Sigisfredo estava precisando, urgentemente, da sua valiosa contribuição para elucidar um caso cabeludo e que suas informações, imprescindíveis ao bom andamento do inquérito, transcorreriam em absoluto segredo de justiça e que ele, inclusive, poderia ser premiado, se tudo se solucionasse a contento.  Gambiarra ainda titubeou, estava de saída para o trabalho, mas, diante de tão alvissareiro convite, acompanhou os dois milicos até a delegacia.  

                        Em lá chegando, diante do delegado,  descobriu que a historinha não era bem aquela que lhe tinham contado. Um Capanema,  grosso como apito de navio,  informou-lhe que tinha recebido uma denúncia do Cel.  Anfrízio Maia sobre um trabalho desmantelado que Gambiarra tinha feito na casa dele e, aberto o processo indenizatório, antes de levar às barras dos tribunais, queria ouvir a versão dele sobre o ocorrido. Para o seu próprio bem, contasse tudo tim-tim por tim-tim se não quisesse levar, antes, uns conselhos no lombo para ir tomando tento.

                        --- Gambiarra, que trabalho você empeleitou com o Coronel ?

                        --- Ele me encomendou o conserto de um muro da casa dele que tinha caído uma parte por causa da chuva.

                        --- E como se justifica , seu Zé Mané, a falta d´água que , desde este dia, tem acontecido na casa do homem ?

                        --- Azar  muito ! Quando eu tava ajeitando o muro, o resto desmoronou, e derrubou aquele pé de Timbaúba que tem defronte da casa do coronel. Pois num é que o tronco quebrou e a Timbaúba resolveu cair logo por cima da caixa  d´água de cinco mil litros e tudo veio abaixo ?

                        --- A inundação tá explicada, e o incêndio, meu amigo, tu tá doido ? Como diabo é que se explica ?

                        --- O diabo do fio elétrico do poste defronte caiu em cima do banheiro de palha do coronel e , dali, para o fogo tomar conta da casa foi um pulo !

                        --- Por causa de um pedaço de muro, o coronel ficou sem a caixa d´água, sem a Timbaúba e sem a casa ? É isso, seu irresponsável ?  Que diabo de profissional é você ?

                        --- Num me incrimine não, seu delegado ! Tive culpa não! Foi o muro ! Se não tivesse ventando tanto, também não tinha o fogo se espalhado para as três casa vizinhas  e para a torre da igreja e a prefeitura !

                        --- O que ? Que profissional é você ? Seu fogo-pagou !

                        --- Num brigue comigo não, já lhe disse: não tive culpa ! A responsabilidade do desmantelo é do muro, da Timbaúba, da caixa d´água, do fio elétrico e do vento.  Eu sou só especialista em Logística, tendeu ?

Crato, 19/03/2021

                       

                          

                       

sexta-feira, 12 de março de 2021

O Abismo do Sonho

 


                                                                                                                                 

                                                               “Que coisa estranha  sinto!

                                               Parece-me

                                               Que finíssimos fios invisíveis

                                               De um fluido qualquer

                                               Arrastam-me

                                               Suspendem-me aos poucos

                                               Para uma estranha e vaga região

                                                    .................................................

                                               Já nada sinto

                                               Nada sou

                                               Repouso

                                               No Abismo do Sono. “

                                                               Edmison Félix ( “Minha Barbalha”)

 

                                               Nasci meio predestinado a nunca ganhar no Jogo do Bicho. É que quase não sonho, ou não guardo lembranças do que sonhei em tempo de vigília. Em compensação, acordado sou um sonhador inveterado, mas descompasso  me impede de prever  alguma pule vitoriosa. Pois, nestes dias, sabe-se lá como e porque, sonhei com um ex-professor meu de língua portuguesa do Colégio Estadual Wilson Gonçalves, nos anos sessenta. Não me ficaram detalhes , apenas fragmentos , como a projeção de slides na minha memória. Mas foi-me suficiente para revolver a poeira do baú e ressignificar a sua atuação na minha formação intelectual e, certamente, na de muitos da minha geração. Devo a ele muito do meu amor pelos livros e pela poesia.

                                   Nascido em Barbalha, em 25 de Junho de 1940, Edmison Félix, se não nos tivesse deixado em 2016,   teria ingressado na oitava década. Advindo de  humilde família, negro, o menino Félix , para fazer jus ao nome, teve que enfrentar dois terríveis preconceitos : a pobreza e a negritude, com a última arma que possuía : a sua inteligência. Não lembro , deste período, qualquer outro mestre que carregasse dois fardos tão pesados aqui na região. Foi colega de meu pai, o professor Vieirinha, na primeira turma do Curso de Letras da Faculdade de Filosofia de Crato. Vitorioso no concurso para professor de português do Estado do Ceará, descobriu-se doente, no exame de Abreugrafia,  e precisou tratar-se da doença romântica dos poetas, antes de assumir o cargo. Diferenciava-se dos demais docentes de sua época, geralmente com sólida  formação teórica gramatical de egressos do Seminário São José. O professor Félix conseguia ver além das rígidas regras da Gramática formal. Desenvolvia habilidades artísticas , introduzindo a música, o teatro, os jograis , o incentivo à criação de  jornais murais. Sessões artísticas semanais nas classes faziam com que os alunos apresentassem suas vocações artísticas. Ensinava rimas e métrica, suas tarefas envolviam apreciação e desenvolvimento de textos, confecções de poesias, canto, formação de jograis com recitação poética ( fiz parte dos Jograis de Maraquém,  por ele criado). Admirava o parnasiano Raimundo Correia, ele fazia também poemas de versos livres e sonetos e publicou em 1994 o livro “Minha Barbalha” em que reverencia o seu berço, com poesias voltadas a figuras populares e às belezas da Terra dos Canaviais. Habilidoso, compunha músicas e cantava e chegou a participar dos Festivais da Canção do Cariri. Nas horas vagas o professor, à época solteiro, era um bom copo, entusiasta de serestas, do violão e das noitadas. Por outro lado, em termos de automobilismo, era uma lástima. Tinha um Gordini aí pelos idos de 1968 e, numa tarde, bateu o recorde mundial de capotadas de veículos. Subindo para um banho no Lameiro conseguiu virar duas vezes na subida e duas na descida do pé da serra. Merecia uma inserção no Guiness.

                                   Aposentado, o professor Félix enveredou com sucesso  pelo próspero comércio de confecções. Nos últimos anos, quando o inverno da existência chegou com suas tempestades, seus trovões e seus relâmpagos, chegou a acreditar que perdera muitos dos seus anos produtivos investindo no prazer da pedagogia e menos na sua saúde financeira. Um dia, por fim, como no seu poema premonitório, repousou no Abismo do sono. Hoje é possível perceber que a grande obra de  toda uma vida esteve fundada na transformadora messe do ensinar. Gerações de alunos beberam do chá do conhecimento e da cultura,  que ele serviu por tantos e tantos anos,  e isso fez com que se estimulassem sensibilidades e se estendessem e ampliassem horizontes, abrindo novas picadas, defenestrando inimagináveis clareiras. O Sono do mestre agora se fez  o Sonho de muitos que beberam da sua fonte. Ainda hoje, mais de cinquenta anos depois, “os fios finíssimos e invisíveis de um fluido qualquer” ainda nos prendem e preenchem nossos sonhos, como se tudo fosse real e os ponteiros do relógio tivessem misteriosamente estacado por uma força desconhecida e enigmática.

Crato, 12/03/21     

                                    

 

sexta-feira, 5 de março de 2021

A nova bebida vem da Bebida Nova

 



J. FLÁVIO VIEIRA

 

                                               Nem só de notícias ruins se alimentam os noticiários . Em ano de peste, de choro e asfixia, semana passada, brotou uma dessas manchetes que, no meio do sufoco nosso de cada dia, oxigena o Cariri. O Conselho Superior Universitário da URCA aprovou, por unanimidade, o projeto de  criação do curso de Medicina em Crato. De forma célere, agora, seguindo os tortuosos caminhos burocráticos, o projeto deve passar, já neste mês de março, pelo juízo do Conselho Estadual de Educação. Prevê-se o primeiro vestibular já  o próximo semestre , deste 2021. Como sói acontecer , sempre, em tais situações, estas decisões carregam consigo sua carga inexorável de polêmicas. O Crato teria o Crato recursos humanos suficientes para abarcar um Curso de Medicina ? Já não existem faculdades demais no estado , no país e no nosso entorno ? O Curso de Medicina abalaria a estrutura dos outros cursos da Universidade ? Isso tudo não é só uma jogada eleitoreira ?  A Faculdade de Medicina teria a qualificação necessária ? A sede preliminar, o Seminário São José, tem estrutura adequada ?

                                   Todas estas perguntas serão respondidas facilmente, com o andar da caravana. Como sempre, nada nasce perfeito e teremos que ir, fazendo consertos e ajustes, enquanto a nossa carruagem vai andando. O certo é que , com a Faculdade de Medicina, o Crato dá uma guinada histórica. Otimizaremos a ciência médica na região, teremos um superávit científico inimaginável, retornaremos a ser uma centro de saberes e disseminador de educação no Ceará. E o nosso Seminário São José, não estranhará o novo curso, já funcionou como hospital, historicamente, nas epidemias de 1878 ( Varíola)  e Peste Bubônica nos Anos 30. No meio da euforia , não devemos, no entanto, esquecer os principais benfeitores desta causa: o governador Camilo Santana, o prefeito José Ailton Brasil, o Reitor Dr Lima Júnior, os articuladores do projeto: Dr. Cláudio Glaidiston e Dr. Marcos  Bezerra da Cunha.

                                   A notícia alvissareira aparece , estrategicamente, próximo ao dia 8 de Maio, o dia dedicado às mulheres . É inevitável aqui, lembrar o nome da médica cratense Dra. Amélia Bénebien Pérouse e o seu pioneirismo. Nascida em 1860, na Bebida Nova, Amélia se formaria em Salvador em 1890. Seria a segunda mulher a colar grau naquela Faculdade. Antecedeu-a apenas a gaúcha Rita Lobato Lopes a primeira brasileira aqui formada.  Muito provavelmente, Amélia foi a primeira mulher nordestina a tornar-se médica. Imaginem a saga bravia dessa cratense em deslocar-se para a capital da Bahia, em lombo de burro, em pontão e trem, na segunda metade do Século XIX. Não se pode esquecer que só a partir de 1879 permitiu-se o ingresso feminino no estudo das artes médicas aqui no Brasil.  Devemos ao seu pioneirismo e à sua clarividência a abertura da nossa arte para tantas e tantas fabulosas profissionais que a seguiram e que hoje já são maioria na Medicina brasileira. Mulheres grandiosas que por uma determinação típica de gênero traziam consigo, desde o berço, os mistérios e a força da arte de cuidar.

                                     Bénebien radicou-se em Salvador, mas, no início do Século XX,  montou consultório em Crato, sendo comprovadamente a primeira  mulher a instalar consultório no  Ceará. Fez-se , também, a primeira a realizar anestesia aqui no nosso  estado.

                                   Amélia nos deixaria, aos 93 anos, em 1953. Sua casa, em Salvador funcionava como uma embaixada do Crato e lá acolheu outros parentes que lhe seguiram os passos na mesma arte: Dr. Dalmir Peixoto, Dr. Dario Peixoto, Dra. Josefina Peixoto. Hoje, em outra dimensão, em paz, deve-se cobrir de novas graças ao saber que seus conterrâneos já não precisarão, como desbravadores, vararem os sertões, em busca das artes e ensinamentos hipocráticos. Graças a visionárias como ela, beberão da nova bebida , bem próximo a sua Bebida Nova,  aprenderão os mistérios da Arte de Curar, ao doce som das águas do Rio Grangeiro , sob a brisa que sopra por entre as árvores do Sítio Fundão...

Crato, 05/03/21