“O pior
governo é o mais moral.
Um governo composto de cínicos
é frequentemente mais
tolerante e humano.
Mas, quando os fanáticos
tomam o poder, não há
limite para a opressão”.
Os sintomas
e sinais parecem evidentes. Pela mortandade exagerada de símios é possível
prever os prenúncios da Febre
Amarela. Nem o governo eleito assumiu
ainda o barco à deriva, entregue por um timoneiro bêbado, percebemos,
claramente, que o trocaremos por um outro em que faltam vários cabos e
parafusos na caixola. De bravata em bravata, de arroubo em arroubo, já causaram
ferimentos no corpo diplomático mundial, como se tivessem quadruplicado a
insanidade do Adélio. O que vem aí, parece-nos uma Frenocracia: o governo dos
loucos. Já cutucaram, com vara curta, o Estado Palestino, os Judeus, Cuba,
Venezuela a Rússia e a China, antes
mesmo de terem subido a rampa do Planalto. Dão ordem explícita para a polícia
executar a quem designar, por seu livre
arbítrio, como bandidos e, claro que junto, terminarão por ser abatidos também inocentes
que serão, rapidamente, tidos como meros efeitos colaterais do remédio
aplicado. A maior parte dos ministros escolhidos ( arrancados do nosso BBB : Bíblia, Boi e Bala) e divulgados na mídia com estardalhaço como
futuros combatentes da Corrupção pátria,
não passaria no rastreio de RH de qualquer firma privada, principalmente
por conta da Folha Corrida que teria que apresentar.
No
último surto, o futuro governo pôs-se a esculachar os cubanos o que terminou por redundar na saída de mais
de 8000 médicos que aqui trabalhavam no Programa Mais Médicos desde 2013, geralmente
estabelecidos em zonas paupérrimas, nos grotões do Brasil e em áreas indígenas
e de acessibilidade quase que impossível. Rápido, noticiou-se na mídia
amestrada que mais de 90% das vagas tinham sido rapidamente ocupadas por
médicos brasileiros, como se as equipes de Cuba estivessem tomando o mercado de
trabalho dos profissionais tupiniquins. Aos poucos, no entanto, se foi
percebendo que o buraco era muito mais embaixo do subsolo. Desistências foram
aparecendo, lugares inóspitos e distantes continuam sem pretendentes e prevê-se
que dos quase quatrocentos médicos, cubanos na sua grande maioria, que cuidavam
da saúde indígena, 90% ficarão sem subsitutos.
Temos,
no Brasil, quase 450.000 médicos, se distribuídos harmonicamente país afora,
inexistiria a grave crise de assistência médica com que convivemos. O grande
problema é que desde o período colonial há gravíssimas distorções de
distribuição. 60% destes médicos estão
concentrados nas Capitais que , juntas
têm uma população próxima a 50 milhões de habitantes. Os outros 40% apenas estão
no interior do Brasil que possui uma população três vezes maior de 160
milhões de habitantes. No Ceará são quase 10.000 médicos residindo em Fortaleza
contra três mil fixados em todo o interior que tem uma população três vezes
maior que a beira mar. O programa Mais Médicos foi uma das primeiras tentativas
exitosas, em toda nossa história, para tentar minorar um pouco esta calamidade.
Segundo o prof. Drauzio Varella: O Mais Médicos foi o programa de
interiorização de maior alcance e duração.
Quais
as causas de tamanhas distorções? São
multifatoriais! Passam pela própria formação médica voltada para a
superespecialização. Apenas 1% dos estudantes procuram, hoje, residência em Saúde Pública. Médicos formam-se, no Brasil, para tratar quem pode pagar pelo tratamento.
A maior parte das novas escolas são particulares, com mensalidades que variam
entre R$ 5.000,00 a 12.000,00. Isso representa um investimento grande na
carreira que muitas vezes, com a pós-graduação, pode chegar a 12 anos.
Frequentemente, os estudantes tomam empréstimos bancários para pagar as universidades, empenhando por muitos
e muitos anos sua vida profissional. Por outro lado, existem graves problemas
de estabilidade no emprego oferecido pelas prefeituras , além do não
oferecimento de condições mínimas de trabalho. O salário é apenas uma pequena
parte desta equação. Tirante isso, existem ainda questões ligadas à própria
filosofia de vida, ao deslocamento do profissional com suas famílias para
locais sem infraestrutura mínima para
uma sobrevivência mais digna. Entidades médicas propõem que talvez se
estabelecêssemos uma carreira de estado para médicos do PSF, com salário digno,
dedicação exclusiva e possibilidade de ascensão, como os juízes, haveria
condições de ao menos minimizar esta tragédia cotidiana. Como, no entanto,
financiar esta carreira, se só no Ceará necessitaríamos perto de 3000
profissionais só para o PSF, em tempos bicudos, de governo de sensibilidade social
embotada e com congelamento nos orçamentos por 20 anos ?
A
saída dos Médicos Cubanos trará um agravamento surpreendente num holocausto
histórico que já se vinha arrastando secularmente. Mas isso importa? A quem ? A
elite brasileira já fez sua boa ação do milênio quando chorou e protestou pela
morte da cachorrinha do Carrefour. Os que sofrerão e padecerão são a escória da
escória do país: pobres, negros, índios, flagelados , nortistas e nordestinos.
Devem estes parasitas é morrer logo, para
deixar de envergonhar o país, não é mesmo ? Bandido e pobre , os bons, lembrem, devem
estar mortos ! Bom dia , amigos ! Vocês ainda têm aquela panela velha e a
colher de pau ? Vou ali tomar o meu bromazepam e ver se compro minha calça
justa e minha camisa de força para as solenidades de janeiro !
Crato, 07 de Dezembro de 2018
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